sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Madri, valle, valle, valle






Madri é cosmopolita, tem gente de todo canto do mundo aqui, e o hostel está cheio de pessoas das mais diversificadas culturas. Ontem saímos, encontrei brasileiros, argentinas, australianos, chineses e até cearenses...
Fiz amigos cearenses na entrada do Palácio Real, Helio e Vladia, sua namorada... Fomos para vários lugares, incluindo o Museo Del Prado, Jardins de Sabatini, Arcos de Alcala, Igreja de Santa Almuenda, Cervantes e D. Quixote na Praça de España, Plaza Toros de las Ventas, etc.
Na culinária, comi Bocadilhos de Calamares e a Paella. Hoje vou ver um apresentaçao de Flamenco.
Amanha, vou pra Frankfurt...Vejam as fotos!

6 comentários:

Unknown disse...

MATUTO NAS OROPA

Seu moço preste atenção
Quêu vou contá sem frescura
Algumas das aventura
Dessa vida que labuto
Derna de pequeno eu luto
Pra andá sempre na linha
Só faço má a farinha
Que é comida de matuto.

Com cinco ano de idade
Já apanhava agudão
Já usava cinturão
Pras calça num dispencá
Já comia mangunzá
Cum rapadura boró
Já andava nos forró
Só falava em me casá.

Assim seu moço eu vivia
Sem luxo, sem vaidade
Ia pouco na cidade

Num via coisa granfina
Porém mudei de rotina
Daquele dia pra cá
Que aprendi a tocá
O diabo da concertina.

Pois derna daquele dia
Fui miorano de sina
Pegava na concertina
Encaicava, ela gemia
Os amigo me dizia:
-Tu cum essa bicha na côxa
Sei que ela é mêa frôcha,
Mas tu tem capacidade
Se tu fô para a cidade
Arruma mulé de trôcha.

Num dia de Sexta-fêra
Eu tomei a dicisão
Arrumei o matulão,
Botei a sanfona im riba,
Pequei a sôpa na esquina
E fui bater em Campina,
Cidade da Paraíba.

Chegando im Campina Grande
Eu entrei logo im ação
Tocando xote e baião
Pra mode o povo iscutá
Tocava im quaiqué lugá
Nos forró nas gafiêra

No meio das ruas, nas fêra
Inté im mesa de bá.

Fui ficando conhecido
E fui armando o isquema
Inté conhecê um dia
TROPEIROS DA BORBOREMA.

Tropeiros da Borborema
Grupo de dança afamado,
Pra fazê parte do mermo
Eu então fui convidado.


E aceitei o convite
Feito pelo diretô,
Passei a sê tocadô,
Oficiá dos tropêro
Eita que grupo afamado
Num é que foi convidado
Pra tocá no instrangêro!

Pra ir dança na Itália
França, Ispanha e Portugal
Todos acharo legal
Eu também fui iscalado
Fiquei feliz e animado
Mas mudei de opinião
Ao sabê que de avião
Nós ia ser transportado.

Eu digo: -O diabo é quem vai
Num vô nem cá caxa bata
Vuar num passo de lata?
Eu acho munto arriscado
E se tiver enferrujado
Ou lá em cima cansá
Cai logo dentro do mar
Nós morre tudo afogado.

Mas os colega do grupo
Pegaro a me animá
Começaro a me ispricá
Que num ia tê pirigo;
Depois de munto concêi
Lá num canto me sentei

Peguei a falá comigo: -Eu já montei em cavalo
já amansei burro brabo
já peguei boi pelo rabo
nunca me inganchei cum nada
que dirão meus camarada
que no sertão eu dêxei
se soubé que eu afrochei
vão me chamá de quaiada.

É, o jeito vai ser eu ir
Eu num tenho ôtra saída
Num fiz istória comprida
Tomei logo a decisão
E no dia da viagem
Ajuntei minha bagage
Fui pegá o avião.

Cheguei no aeroporto
Dispachei logo a bagage
Eu tava inté cum corage
Mas num era munta não
Mas na hora, meu patrão
Na hora de imbaicá
Eu me danei a suá
Chega pingava no chão.

Peguei c'uma tremed6era
Num sabia o que fazê
Me preparei pra corrê
Os colega num dexaro
Bem uns três me agarraro

Puxaro de porta adento
Me prantaro no assento
Do meu lado se sentaro.

Daí a pôco o piloto
Pegô mostrá num cinema
Se tivesse argum probema
Comé que o nêgo iscapava
Umas mascra dispencava
Umas porta se abria
Quanto mais aquilo eu via
Era que o medo aumentava.

Depois o tá do piloto
Que dirige o avião
Mandô apertá o cinto
Eu saltei no cinturão
Dei um arrocho tão grande
Que quase sai o feijão.

Sei que o bicho começô
Dá uma disimbrestada
Numa carreira danada
Que chega açoitava o vento
Foi levantando do chão
E quando eu dô fé, patrão
Tava das nuve pra dento.

Depois lá vem uma moça
Cum mói de toalha quente
Pensei que era tapioca
Fui logo metendo o dente.

Uma toalhinha branca
Assim bem inroladinha
Quando eu vim vê o que era
Tinha comido todinha.

Deu-me uma dô de ouvido
Dessas de endoidecê
Me levantei da cadêra
Sem sabê o que fazê
Sem que ninguém impidisse
Cheguei no piloto e disse:
- Pare aí quêu vô descer.

O cabra quis achá graça
Mas viu quêu ia ingrossá
Mandô eu tampá a venta
Pela boca respirá
Ingula o cuspe seguido
Dessa manêra os uvido
Açoita pra fora o ar.

Sei que cheguemo im Madri
Eu deci do avião
Por dento duma sanfona
Cumprida que só o cão
Tomei a bênção a Jesus
E fiz o sinal da cruz
Depois que pisei no chão.

Dento do aeroporto
Vi uma porta ingraçada
Pra mode o nêgo abri ela

Num precisa fazê nada
Basta pisá no tapete
Quela fica escancarada.

Porém como eu não sabia
Fui empurrá com a mão
Na mesma hora pisei
No tapete, a porta então
Abriu-se, eu passei direto
Prantei a cara no chão.


Pra pedir uma comida
Era a maió inrolada
Ninguém intendia nada
Eu me danava a apontá
Que povo mais inrolado
Cada cabrão véi barbado
Sem aprendê a falá.

Feijão lá ninguém num vê
Cuscuz, farinha, xerém
Carne de sol lá num tem
Mode servi de mistura
Tô dizendo sem frescura
Nunca vô sê convencido
Que lá é disinvolvido
Pois num tem nem rapadura.

De nove hora da noite
O sol inda tava quente
Nos bá num tinha aguardente
Nem pitu e nem bregêra
Ninguém dança gafiêra

E pra falá a verdade
Eu senti munta saudade
Do picado lá da fêra.

Num bá pedi um galeto
Porém o nome era pólo
Na hora eu quase me inrolo
Num sabia o que fazê
Pólo eu num vô comê
Pruque pode sê o sú
Aí eu tomo no pé Quando o gelo derretê.

Eu tina munta vontade
De pegá um bom fêjão
Arrochá farinha nele
Depois amassá cum a mão
Sentado num tamburete
Fazê aqueles bolete
Que a gente chama cancão.

Fui comprá uma cueca
O cabra num intendeu
Era eu dizeno CU-E-CA
E ele olhano pra eu.

Depois eu disse: CIROLA
Também num intendeu não
Eu disse: SAMBA CANÇÃO!
O cabra ficô calado
Eu já estava infesado
Decí a calça todinha
Mostrei a cueca minha:
- É isso aqui condenado!!

Um dia meus companhêro
Dissero: -Vamo aculá
Vamo na danceteria
Eu disse: -ôpa, vamo lá
Hoje esse povo vai vê
O que é um cabra dançá.

Mas quando eu entrei na porta
Avistei o estrupisso
Eu digo: -O que diabo é isso?
Dissero: -É um clube moderno.
A luzarada piscano
Os cabra tudo saltano
Eu digo: -eu tô no inferno!


Me sentei numa cadêra
Fiquei só observano
Os cabra tudo saltano
As nêga tudo assanhada
No mêi daquela cambada
Fiquei mêi incabulado
Passei a noite sentado
E voltei sem dançá nada.

Depois nós fumo pra França
E eu fiquei hospedado
Na casa dum pessoá
Munto bom e educado.

Porém eu só num gostava
Quando o dia amanhecia
Dêxá a cama macia
Que nem carne de caju
Dizê pra eles Bom Dia!
Sabe o qu'eles respondia?
Tudo duma vez: Bom ju!

Mas eu vô contá também
Algumas das paiaçada
Que eu pude observá
De alguns dos camarada.

Inda no aeroporto

Nós fumo pra uma sala
Pra numa tá de istêra
Cada quá pegá a mala.

E quando as mala apontaro
Eu iscutei uma fala
Dizê: -Pega minha mala
Senão volta pra Campina!
Era uma das minina
Que vinha im toda carrêra
Caiu pro riba da istêra
Perdeu até as butina.

E o Marco do Rojão
No hotel se inrolô
Foi a maió confusão
Pra pedí um cobertô.

Primêro pediu lençó
A mulé disse: -Sinhô?
Ele disse: -Um cobertô
A mulé ficô olhano
Aí ele disse: -Um pano
Coberta, Dona Maria.
Quanto mais ele pedia
É que ia piorano.

Após gesticulá munto
E tê cansado a gaiganta
Foi que a mulé disse: Ah,
Mi sinhô, una lá manta!

Inté o vereador
João Dantas, cabra letrado
Entrô numa lanchonete
E foi saindo apressado
Num viu a porta de vrido
Prantô nela o pé duvido
Caiu pra trás asentado.

Teve munta coisa mais
Mas eu num vô contá tudo
Se eu fosse contá miúdo
Passava a noite contano
As paiaçada todinha
Junto as dos ôtro e as minha
É coisa pra mais de ano.

Mas tem uma nuvidade
Quêu preciso lhe contá
No dia de regressá
Num tive mais medo não
Pode acreditá, patrão
Quêu fiquei abestaiada
De tê me acostumado
Cum o tá do avião.

Sei que dêxei as OROPA
Arribei de lá pra cá
Num é falano de lá
Pruque lá é bom também.
Mas uma coisa convém
Eu dizê cum mais de mil:
- Eu num troco o meu Brasil
pru Oropa de ninguém!!!

Amazan

escutei no radio hoje indo pro trabalho, e alias estou trabalhando na gerencia de serviços e organizaçao de saude do municipio de jaboatao...
Um beijo...

Unknown disse...

esqueci de assinar.

ana priscila

Unknown disse...

cuidado pra não se perder, cabra besta! ass: companheiro papai.

Unknown disse...

Netinho...

Anota aí os dias que ficaremos em Lisboa... Chegamos dia 22, mas no dia 23 tem o casamento, e dia 24 papai vai fazer um passeio pelo interior, dia 25 vamos para Amsterdan e no dia 29 voltamos para Lisboa, no dia 30 voltamos para o Brasil. Será que agente consegue se encontrar por aí?
Beijos

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro disse...

caramba... ta muito show essa tua viagem...!!! ques fotos fantásticas! Lugares maravilhosos.. cada foto é um cartão postal! e é porque ainda nem chegou em Liverpool !!!

Aproveita pô... vai pegando os atalhos, "as mãnha".. ano que vem vou lhe acompanhar nessa trip!

Oh, hoje estarei te encaminhando um e-mail. Dá uma olhada, ok?

Aproveita!

ABRAÇÃO, MEU IRMÃO!